Um símbolo gravado com o nome do sol de da lua protege aquilo que resta de bom dentro de mim. Aquilo que resta de antigo, oprimido e simplório. A glória do que foi preservado todo esse tempo. Coisas que só você sabe e mais ninguém. O tempo em seu apogeu tentou abalar meu corpo, minha ternura, meus sonhos... e especialmente tentou retirar minha força. Coisas que só você viu e mais ninguém, ninguém sonhou em ver.

Por horas tento me restabelecer ao chão, arruinado, sofrendo de delírios e da sedutora vontade de mudar, mudar para viver uma vida mais fácil, porem, mais pálida, sínica e seca, uma vida longe do que realmente sou, artificializada para ser suportável, sem plenitude. Mudar o que eu sou seria a maior amostra de fraqueza e indignidade. Seria como ceder a ultima desgraça cometida pelos tolos.

E então, seus olhos estavam se fundido com os meus em meio ao terror e fracasso. Seus olhos, chuvas e raios. Violetas, espelhados como cristais. Frágeis e ao mesmo, transbordando paixão. Sua alma, quebradiça, tingiu o mundo, pintou seu retrato através de mim. E agora? Meu corpo se move para seus braços sem ser perturbado, sem ter medo de ser negado e eu sinto as ondas empurrarem seu corpo ao meu. Vida, enfim! A cura para os meus medos veio de você e trouxe junto mais um dia feliz.