A duvida que nos protege é a mesma que nos deixa cego. Encolhidos, como animais com medo da chuva, sentimos o farfalhar das folhas lá fora sucumbindo a inevitável mudança. A mudança que nos trás vontade de mudar junto com o desagradável medo. E não existe um rosto como o seu espelhando a verdade para nós.

Gigantes com medo de cair. O erro já cometido muitas vezes nos comete a sermos mais precavidos e menos audaciosos. Perdemos a chance de encontrar o que queremos mais um dia. E que dia pacato e indiferente para nós. Os velhos fins não justificam mais os métodos. Mais um dia se foi.

Perdemos a chance de nos encontrarmos só porque temos medo de nos molhar. Chove sangue lá fora e aqui dentro chove ausência em um espaço sem fim. Criando imagens se foi o sol e nem recebemos seu calor. Foi-se rápido demais. Não sobraram horas para mudarmos o mundo.

Nosso medo é tão pessoal que não conseguimos contar para ninguém. Mesmo caminhando la fora existe o medo de nos encontrarmos em possíveis lugares coberto de dejetos e desilusões do ultimo encontro que tivemos com nós mesmos. Resta saber para onde você vai e se seu loiro cabelo vai me fazer sair daqui. Da minha prisão, onde a voz da incerteza ecoa nas paredes. Do meu medo de errar novamente.