Esquece
Enquanto esqueço de você, amorteço minha culpa em meus ossos e me entrego a dor maciça das cordas se rompendo dentro de mim. Sinto o grito amargurado das fibras se soltando e sangue derramado em porções assustadoras. Esse sangue que eu transformo em arma contra todos que tentam me salvar. Não quero ser salvo. Provem minha aura vermelha. Impulsiva.
Digo que tentarei ficar bem, mais é mentira. Mentira só para você me soltar e me deixar cair em sonhos novamente. Pois é assim que fico sozinho, sonho e desobedeço minha vontade de viver a realidade. O tempo é o item mais cruel da realidade. Foi apenas um único verão, como o perfume que você usava.
O cérebro se contorce dentro da minha cabeça. Meu estomago se transforma em um motor fundindo. Você enxerga a fumaça saindo e mesmo assim diz que não pode fazer nada. Pois não faça. A dor é só o principio da dor. Só não pergunte porque minha mente esta se tornando perversa.
Para longe de todos, marcharei por um único sinal. Para longe desse amor que vive como uma parasita. Esse amor que se desdobra,se estica e sobrevive em qualquer lugar. Esse amor que se alimenta da minha razão e da minha vontade de viver.